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SÃO PAULO, 2003 Autor:
DAMMOUS, Raquel. Orientação de PELOGIA, Adriana. CAPÍTULO III - TRATAMENTO DIETÉTICO APLICADO A dieta oferecida ao paciente estudado E.B. foi de consistência geral já que possuía prótese dentária bem adaptada e completa, não apresentando problemas de mastigação. No entanto E.B apresentava engasgos durante a refeição, e por este motivo foram dadas algumas orientações como mastigar lentamente, comer quando estiver sozinho ou apenas com a esposa para que não haja conversas durante a ingestão de alimentos, assim como ingerir pequenas garfadas, colocando pouco alimento dentro da boca. Para adaptar a dieta do paciente com os requerimentos nutricionais individuais, analisou-se primeiramente a dieta oferecida no hospital para os pacientes portadores de DPOC (vide Anexo 5). Constatou-se que essa oferecia 2417,31 Kcal por dia, sendo que 19,8% do NET era de proteína, 37,4% do NET de carboidratos e 42,7% de lipídios, o que não era ideal quando considerados os cálculos individuais de E.B ou mesmo as referências bibliográficas consultadas, já citadas no Capito II- Item 4. Sendo assim, verificou-se, dentro das possibilidades do hospital, os alimentos que mais agradavam E.B e que poderiam ser inclusos em seu tratamento dietético. Adequou-se as porções que seriam oferecidas de cada tipo de alimento. Pode-se inserir frutas que mais agradavam E.B, assim como as porções de arroz que ele considerava pouco. Foi retirada a margarina, pois não gostava, e introduzido bolacha doce tipo Maria ou Maisena que eram de sua preferência e ocasionou numa maior aceitabilidade da dieta. A dieta foi fracionada em 5 refeições diárias, pois havia dificuldades de no momento da colação, entre o desjejum e o almoço, a copeira oferecer alimentos ao paciente, optou-se então por omitir essa refeição já que podia ser calculado um cardápio que não poderia ser aplicado corretamente. No primeiro dia de tratamento dietético aplicado foi oferecido o cardápio que consta no Quadro 9. Os outros cardápios oferecidos seguiram o mesmo tipo de tratamento, e eram incluídos os alimentos que o Hospital possuía no dia, no entanto seguiu-se as porções estabelecidas anteriormente pelas necessidades individuais de E.B. Estes cardápios podem ser verificados no Anexo 6. Quadro 9. Cardápio oferecido à E.B no inicio do tratamento dietoterápico, Hospital e Maternidade Leão XIII- São Camilo, Ipiranga, São Paulo, 2003.
O Quadro 10 compara a dieta ideal, de acordo com os requerimentos individuais, que deveria ser oferecida à E.B., com a dieta que realmente foi dada ao paciente para que consumisse.
Quadro 10. Comparação da dieta ideal com a dieta oferecida à E.B. durante o período de tratamento dietoterápico.
Fonte: * Capítulo II, Item 1 – Tabela 1. ** Cálculo da dieta proposta no Quadro 9. A ND = não disponível Analisando o Quadro 10, percebe-se que a oferta de calorias e macronutrientes oferecida ao paciente E.B durante o tratamento dietético, estava praticamente de acordo com a dieta ideal preconizada de acordo com os requerimentos nutricionais individuais. A oferta da maioria dos micronutrientes estudante e avaliados estão com porcentagem de adequação maior, o que quer dizer que a dieta oferecida teve um aporte maior destes em relação à dieta ideal calculada. Os minerais magnésio e cálcio e o ácido pantotênico apresentaram-se em quantidades não adequadas as necessidades reais de E.B., já que a ingestão de certos alimentos estava diminuída, tanto pela baixa aceitabilidade do paciente destes alimentos, assim como a não oferta destes pela instituição ou mesmo a falta, como por exemplo: cereais integrais (fonte de magnésio), queijos (fonte de cálcio) e vegetais crus, nozes (fonte de ácido pantotênico), estes últimos oferecidos em pouca quantidade pelo hospital. A dieta oferecida tem as seguintes proporções de nutrientes: Calorias= 2300,86Kcal Carboidratos= 55,73% das calorias Lipídios= 29,24% das calorias Proteínas= 15,68% das calorias Quando comparadas estas quantidades aos requerimentos nutricionais percebe-se uma adequação de acordo com o preconizado no tratamento nutricional do paciente E.B. O paciente foi acompanhado oito dias, sendo que nos primeiros quatro não foi aplicado esse tratamento e o paciente continuou recebendo a dieta padrão do hospital para DPOC. A partir do quinto dia de internação esse tratamento dietoterápico foi aplicado, podendo-se comparar, então, a aceitação alimentar e peso do paciente nestas duas partes do acompanhamento como pode ser verificado no próximo capítulo.
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