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Família Dammous - Músicos  
Radamés Gnattali
  27/01/1906       13/02/1988

  Biografia

Um dos personagens que mais naturalmente circularam entre os universos popular e erudito na música, Radamés Gnattali é uma figura-chave para se entender as tênues fronteiras que envolvem a música brasileira. Filho de uma pianista gaúcha e de um imigrante italiano radicado em Porto Alegre, foi envolvido desde cedo pela paixão que os pais nutriam pela ópera, que se refletiu nos nomes dos três filhos do casal: Radamés, Aída e Ernâni, todos personagens de óperas de Verdi. Aprendeu piano com a mãe e aos 9 anos ganhou um prêmio por sua atuação como regente de uma orquestra infantil, que tocou arranjos feitos por ele. Aos 14 entrou para o Conservatório de Porto Alegre para estudar piano, e acabou dominando também a viola. Já por essa época freqüentava blocos de carnaval e grupos de seresteiros boêmios, para os quais, na impossibilidade de levar o piano, aprendeu a tocar cavaquinho. Até se formar no conservatório, estudava para ser concertista e tocava em cinemas e bailes para se sustentar. Em 1924, recém-formado, foi para o Rio de Janeiro se apresentar no Teatro Municipal, executando um concerto de Tchaikovski sob regência de Francisco Braga. Nessa viagem conheceu o compositor Ernesto Nazareth, e passou os dois anos seguintes entre Porto Alegre e Rio, sempre trabalhando com música erudita. Em sua cidade natal montou um quarteto de cordas e com ele viajou por todo o estado, o que fortaleceu sua base para a orquestração. No início dos anos 30 radicou-se definitivamente no Rio de Janeiro, onde se deu sua estréia como compositor, com a apresentação de "Rapsódia Brasileira", interpretada pela pianista Dora Bevilacqua. Por essa época, em face às dificuldades com a carreira de concertista, resolveu investir no mercado da música popular. Foi contratado por orquestras que animavam bailes, festas e programas de rádio. Em 1934 passou a ser o orquestrador da gravadora Victor e dois anos depois participou da inauguração da Rádio Nacional. Lá Radamés atuou como pianista, solista, maestro, compositor, arranjador, usando sua bagagem erudita no trato com a música popular. Permaneceu na Rádio Nacional por 30 anos e criou arranjos antológicos, como "Lábios que Beijei" (J. Cascata/ Leonel Azevedo), gravado por Orlando Silva em 1937, e "Aquarela do Brasil" (Ary Barroso), em 1939. Em 1943 criou a Orquestra Brasileira de Radamés Gnattali, que tocava os arranjos do maestro no programa Um Milhão de Melodias, dando um colorido brasileiro aos sucessos estrangeiros. Para isso, Radamés passou a usar os instrumentos da orquestra de forma percussiva, conseguindo efeitos até então inéditos. O programa foi também o primeiro a prestar homenagens a compositores como Ernesto Nazareth, Chiquinha Gonzaga e Zequinha de Abreu. Enquanto atuou no rádio não deixou de lado as carreiras de pianista, concertista e compositor. Compôs concertos e peças sinfônicas executadas ao redor do mundo. Em 1960 viajou à Europa com o Sexteto Radamés Gnattali, grupo derivado do Quarteto Continental, criado na Rádio Continental em 1949. O Sexteto era formado por Radamés, Aída Gnattali (piano), Chiquinho do Acordeom, Zé Menezes (guitarra), Pedro Vidal Ramos (baixo) e Luciano Perrone (percussão). Nos anos 60 foi contratado pela TV Globo, onde trabalhou durante 11 anos como arranjador, compositor e regente. Foi peça fundamental no movimento de redescoberta do choro ocorrido na década de 70, atuando como incentivador e mestre de jovens instrumentistas como Raphael Rabello, Joel Nascimento, Maurício Carrilho, a Camerata Carioca, e estimulando releituras de Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth e outros mestres do choro. Em 1983, recebeu o prêmio Shell na categoria música erudita, concedido por unanimidade, ocasião em que foi homenageado com um concerto no Teatro Municipal, que contou com a participação da Orquestra Sinfônica do Rio de Janeiro, do Duo Assad e da Camerata Carioca.


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A gente acaba "encontrando" o próprio estilo quando não consegue fazer as coisas de outra maneira.
Paul Klee



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